Para os Adolescentes, a Música É Móvel e o Contexto É o Novo Gênero
A música importa tanto para os adolescentes de hoje em dia quanto para os das gerações passadas. Mas a forma como eles a consomem, descobrem e influenciam (e são influenciados) está mudando através das últimas mudanças na tecnologia.
A MTV Knowing Youth analisou recentemente uma variedade de fontes de pesquisas de todo o mundo para resumir o que está acontecendo na intersecção de adolescentes, música e uso de celulares.
Aqui estão algumas conclusões importantes desta pesquisa:
Música é a atividade preferida dos jovens – e os telefones celulares são o dispositivo preferido para escutar música. Escutar música é a atividade menos chata para pessoas de 12 a 24 anos*, de acordo com o recente estudo da MTV Knowing Youth. É também a principal atividade que eles fazem em momentos de tédio. Quando os adolescentes acessam música, os telefones celulares são, de longe, o equipamento preferido versus tablets e computadores desktop e laptop.
Adolescentes – especialmente as meninas – adoram as paradas de música. Adolescentes de 14 a 15 anos escutam quase que exclusivamente os artistas das paradas. No final da adolescência e no início dos vinte anos, seus gostos se diversificam. Os garotos se afastam da música mainstream mais cedo, normalmente ao redor de 18 a 20 anos. As garotas adolescentes abandonam a música popular mais tarde, normalmente ao redor de 20 a 22 anos. Além disso, as garotas adolescentes são as fãs mais poderosas.
Escutar música com os outros e presencialmente – é a forma mais comum dos adolescentes descobrirem música nova. Curiosamente, quando escutam em grupo, os adolescentes costumam usar playlists genéricos de música pop para satisfazer preferências musicais diferentes. No entanto, quando estão na companhia de seu círculo exterior de pessoas (não necessariamente seus amigos mais próximos), eles ficam mais interessados em desenvolver suas paixões musicais com aqueles com um gosto parecido. Fora destas interações cara a cara, a descoberta de música também acontece através das paradas de rádio, MTV ou outros canais de TV, conteúdo sugerido (por exemplo: artistas sugeridos pelo YouTube) e manualmente compartilhar “screenshots” do YouTube, em plataformas como o FaceBook, Whatsapp ou Messenger.
Quando o assunto é Playlists, o Contexto é o novo gênero. Os adolescentes se voltam para a música para diversão quando eles se envolvem numa série de atividades: quando estão entediados, no transporte, relaxando, indo dormir, na academia ou fazendo tarefas. Quando escolhem playlists, eles tendem a selecionar aqueles que combinam com o momento, mais do que playlists focados em gêneros específicos. Uma análise recente do Spotify mostrou que 41 dos 100 playlists mais tocados tinham relação com o contexto, com nomes como Chill, Party, Workout, Gym, e Roadtrip. Apenas 17 deles tinham conexão com o gênero (Rap, Country, House, etc.).
Suas escolhas dos apps são feitas pelo boca-a-boca recomendado por amigos. Eles encaram convites externos de apps (como e-mails, mensagens de SMS, mídia social) como spam e geralmente veem links de fontes desconhecidas como não confiáveis. No entanto, as avaliações de Apps ainda são importantes, e precisam ter de 3 a 5 estrelas ou mais. Quando buscam por Apps, “Top Free” é a principal categoria que eles usam. Eles tendem a ignorar os Apps em destaque ou as “escolhas do editor”.
Os adolescentes ainda gastam dinheiro com música, mas esperam muita coisa de graça. Comparado com os Millennials (idades de 18 a 34), os adolescentes gastam uma proporção comparável à sua renda em serviços de streaming – mas eles geralmente têm menos dinheiro disponível. Como resultado, o total gasto é menor do que as pessoas com idades entre 18 e 34. Muitos realmente não querem pagar (e esperam não pagar), portanto eles não pensam duas vezes sobre quaisquer implicações de renda para seus artistas favoritos. Esta atitude é possível por uma variedade de apps semilegais que permitem os usuários fazer o download ou cache de músicas sem pagar. De fato, um ranking recente dos principais apps de música no Google Play no Reino Unido mostrou que estes serviços eram 11 dos 25 apps mais usados.
* Ouvir música era ligado a “sair com os amigos”