Para as crianças ao redor do mundo, entretenimento interativo, portátil e digital faz parte da vida cotidiana – mais até, talvez, do que os playgrounds. A maioria nunca conheceu o tempo antes dos smartphones, tablets e laptops se tornarem parte central da experiência da infância. Elas não pensam em “entrar online” como uma atividade – elas simplesmente abrem um aplicativo e começam a usá-lo.

Para ilustrar a interação entre tecnologia e entretenimento para crianças ao redor do mundo nos dias de hoje, o Nickelodeon Kids and Family GPS separou alguns achados de conversas com mais de 60.000 crianças e pais em 24 países, em 2015:

As crianças têm acesso a muitos dispositivos portáteis, mas seu uso de tablets se destaca. As crianças têm quase a mesma probabilidade de ter tablets (64%), smartphones (63%) e laptops (63%). No entanto, elas têm 24% a mais de chance de acessar um tablet do que um adulto, em geral.

Elas usam tablets e smartphones para assistirem sozinhas. Quando crianças assistem conteúdo de TV sozinhas, elas frequentemente escolhem tablets (42%) ou smartphones (40%) – pelo menos em parte porque elas podem navegar independentemente. A TV é o equipamento escolhido para assistir com a família – pais (43%) e irmãos (39%).

O uso de aplicativos é muito comum. Quase 9 em cada 10 crianças usam aplicativos – especialmente aquelas com pais jovens. As crianças têm em média 7 aplicativos, e as famílias têm uma média de 4 aplicativos que eles usam juntos.

Os pais querem que as crianças usem os aplicativos de forma independente, mas dentro dos limites que eles definam. O controle é importante para os pais – eles gostam de poder limitar a quantidade de tempo que as crianças podem gastar jogando ou usando um aplicativo. Isso alivia as preocupações dos pais sobre a utilização dos seus filhos, permitindo que as crianças operem de forma autônoma. Os pais também gostam de poder selecionar episódios ou atividades específicas para seus filhos, e personalizar através da criação de perfis diferentes para cada criança individualmente.

Como os pais trabalham para criar ambientes controlados para seus filhos, o tempo gasto em frente das telas é maior do que as brincadeiras ao ar livre. Motivados pela ansiedade, os pais filtram muitas das decisões dos seus filhos como uma maneira de manter o controle – e isso pode significar atividades que os mantêm dentro de casa. Assistir TV e conteúdo de vídeo é de longe a maior atividade de entretenimento das crianças (72%), na frente de brincadeiras dentro da casa (57%) e brincadeiras fora da casa (42%). Vídeo games (38%) também se destacam para as crianças, atrás das brincadeiras dentro e fora de casa. Na verdade, mais crianças têm permissão para ter seus próprios telefones celulares (59%) do que brincar na sua vizinhança sem a presença de um adulto (52%).